Será o começo?

Ou fim? Talvez o novo. Nunca se sabe.
Algo quer mudanças, exige mudanças.
Não preciso e não quero entender esse tipo de sentimento, mas algo aqui incomoda, provoca mal estar. Eu poderia exteriorizar tudo que sinto! Mas trata-se de um turbilhão de pensamentos e vontades misturados com ansiedade e impotência. É bem verdade que eu ando calada, e leio sobre revoluções, militância, comportamento transviado, drogas, política... mas nada disso me preenche e me prende até o final dos capítulos. Será que cansei? Será que o "sonho" acabou? Será que até agora eu fantasiei? Vejo a vida de algumas garotas tão certinhas, previsíveis, aparentemente tão felizes em seus compromissos, não entendo o motivo pela qual esses assuntos assumem tamanha complexidade para mim. Na outra face da moeda vejo uma necessidade de mudar o tradicional, o trivial, realizar a minha vontade, conquistar 'individualmente', sem imposições patriarcais, sem desejos maternos, sem regras morais e coisas do gênero. Nessas horas sinto-me coadjuvante, vejo a vida delas e de outros desconhecidos acontecer. Quanto a mim... ainda aqui, vivendo a diferença. Hoje começa ou termina? Eu sei que o processo é lento para a resposta, talvez daqui a 360 dias eu consiga a resposta, enquanto isso o vento sopra e me leva por ruas, becos e vielas até onde eu me encontrar.


***

Por que as coisas do coração começam fazendo toda diferença?
A alma do poeta canta as amarguras de um amor impossível da forma mais singela e bonita, canta a desilusão e o cansaço. Eu me reconheço em tais escritos. Mas quando chega o amor, tudo muda e resta apenas alguns versinhos caquéticos, quase sem vida. O que fazer quando sentimos que estamos totalmente ligados a uma pessoa? O que fazer quando essa ligação nos deixar tão cansados? O que fazer quando não sabemos o que será das nossas vidas? Hoje li uma frase, que me fez refletir, deixo-a com vocês:



"A liberdade é a possibilidade do isolamento. 
Se te é impossível viver só, nasceste escravo."
Fernando Pessoa




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“Existem nas recordações de todo homem coisas que ele só revela aos amigos. Há outras que não revela mesmo aos amigos, mas apenas a si próprio, e assim mesmo em segredo. Mas também há, finalmente, coisas que o homem tem medo de desvendar até a si próprio...” (Dostoiévski)