It's very nice pra chuchu, Baby!
Gosto dessa foto.
Descobri como e por quem foi fotografada. Fui à Pedra do Sal. Tarde diferente. Me apaixonei pelas pedras de sal naquele dia. Nublado. No caminho de casa ganhei um presente. Eu queria ganhar todos os dias aquele presente. Pra minha sorte, ganhei vários. Andei de mãos dadas; vi a verdade à distância de um beijo. Fui invadida por um sentimento muito louco. Eu me perguntei em várias situações: "Onde eu estava esse tempo todo?" Blusa desbotada, molhada de suor. Viagens. Música alta. Amigos, bebidas, decepções. Música bem alta. Cais do porto e piadas (mesmo quando elas não tem graça). Tarde nublada, de frente pro Igaraçu. Teresina, Barra Grande. Muitas e muitas outras histórias e canções. Hoje, observo o dono da foto cantando pra mim Os Mutantes, deitado no sofá, com aquela mesma expressão de quando eu o conheci. Eu gosto de olhar, principalmente ele, descobrir através de mapas sentimentais, o caminho do inevitável. Eu queria ter ficado ali a tarde toda...
"A voz do anjo sussurrou no meu ouvido", e me falou que eu ainda ia viver muita coisa bonita, eu quero acreditar que é isso aqui. Hoje.
Self Protection
"Sou uma mulher promíscua sim,
pretendo utilizar o sexo como meio de encontrar
o que todos buscam:
reconhecimento, prazer, autoestima
e por fim, amor e carinho.
O que há de patológico nisso?
Se quiser me taxar, vá em frente, eu não me importo.
Mas saiba que na verdade
eu sou livre, uma aríete, simplesmente, uma ninfa."
.Seu sentido é completamente deturpado, mais parece uma invenção de homens falsamente pudicos afim de conter o desejo das mulheres. Alguns meses atrás, recebi a dica de um filme chamado originalmente "Diário de una Ninfómana"; um belo filme que nada tem de vulgar, mas certamente, possui cenas impactantes que provocam reflexões, não só pelo erotismo, mas pela dramaticidade e mal estar que nos é acometido. São os instintos de uma bela moça que são expostos de forma humana, crua. A cabeça cheia de ideias, o corpo cheio de desejo e o coração vazio. É uma espécie de guerra entre Id e Superego que tem como estopim os conflitos provocados por um comportamento nada convencional. O que fazer quando se é incompreendido? Quando é incômodo se encaixar nos padrões dessa sociedade mesquinha, vazia, moralista... inútil? É eu sei, é difícil romper paradigmas, mas não é impossível. Gosto daquela citação de Nélson Rodrigues: "Na hora de odiar, ou de matar, ou de morrer, ou simplesmente de pensar os homens se aglomeram. (...) A opinião unânime está a um milímetro do erro, do equívoco, da iniquidade. (...) Toda unanimidade é burra, quem pensa com a unanimidade não precisa pensar". Portanto, desculpe se o meu jeito de ser não condiz com sua cartilha de bom moço...
Paciência.
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