Eu sei.

Quem foi que me deixou no limite do amor? 
Entre o lar e a morada, eu estou entre o adeus e a contrapartida. 
No meio do fio, na corda bamba, é o amor! 
Entre risos nervosos tenho os olhos meus sobre os sonhos teus...
Deixa o coração ter a mania de insistir em ser feliz!
Se o amor é o corte e a cicatriz,
Pra quê tanto medo?
Se esse é o nosso jeito de culpar o desejo...

[M.Y.]
 Algo esta em transformação.

Novembro

Esses dias que perfazem novembro são dias ímpares, talvez os melhores.
O meu novembro tem uma cara de outono, com direito a ventania, folhas secas voando pelas ruas, introspecção e dias nublados. Clima misterioso e acochegante para uma pobre alma sonhadora. Quando um perfume doce atravessa essas tardes, toda vez que sento na calçada e observo o fim do dia, os pássaros voando num céu quase cinza, não há presente mais bonito... e aquela brisa? Tão tímida e gelada! Quando passa, por aqui, abaixo da linha do equador, parece abraçar-me.
Novembro me traz boas lembranças, algumas bem recentes.
Hoje, ou melhor, agora, o máximo que posso fazer é deitar como de costume, olhar pela janela e lembrar de tudo, tudo aquilo que faz a maior diferença pra mim.

Nossas prioridades são efêmeras e mutáveis.
Hoje pensei em te ligar, inventar qualquer pretexto...
pensei em te procurar, fingir uma casualidade...
tentei até fazer versinhos!!! Mas sem sucesso, sou uma tragédia nas rimas...
Talvez um outro dia você me encontre aqui.
Talvez leia esse post e vai saber que
este foi mais um dia em que eu lembrei de você.

Os desenhos de Kurt Halsey

"Vamos fazer isso sempre para sempre."   
"Meu primeiro pensamento é sempre você."

"Os gatos não estão nem aí."


"Todo esse amor..."




 A arte de Kurt Halsey, já foi considerada a mais "blues" da atualidade. 
Seus desenhos, de feições tímidas e quietas apresentam expressividade e um toque de charme.
Ele sabe usar como ninguém a doçura e a inocência para contar as histórias de sofrimento, amor, tristeza, desgosto, confusão e medo que cada um de nós sente em certas situações. Entre outros temas, observa-se claramente a alegria, a preocupação em falhar, o humor, manias e as frustrações do dia-a-dia. Halsey, não poderia expressar melhor essas interações nas relações e o anseio por um amor infinito.

Metade

Hoje amanheceu gostoso.
Foi um bom dia (em se tratando do clima convencional aqui nos trópicos) ... céu nublado, atmosfera tranquila e inspiradora. Resolvi dar um jeito no quarto. Peguei todos os livros que estavam em um outro quarto, empilhados do lado do guarda-roupa, e coloquei todos na escrivaninha. Talvez assim eu desperte aquele velho hábito compulsivo por leitura. Senti falta de alguns livros de Garcia Marquez, encontrei livros que nem lembrava que possuía e que vão me ajudar muito na disciplina Brasil Republicano. Entre os livros, vi meu diário de 1996, foi legal ter reencontrado uma Joyce assumidamente carente e feliz do jeito que dava. A tarde estava doida pra jogar conversa fora, aquele clima nublado, ventinho gelado... pedia um brinde! Fiz algumas visitas sem sucesso, rs.
Agora estou aqui, ouvindo The Rip/Portishead.
É engraçado: bem que eu queria estar aqui... com meus livros, essa música e sentindo uma brisa que entra pela janela que apesar de fria, é acochegante. Pena que nem tudo é como a gente quer, pois eu não estou aqui. Estou percorrendo vielas cheias de lembranças, boca, olhares e cheiro que me inebriam e me encaminham a alguém. Hoje seria um bom dia para encontrar, reencontrar ou descobrir, talvez...
Nós, despreocupados com tudo que da sentido às nossas vidinhas.
Tanta imposição, regras e enfado.
Hoje, ainda é um bom dia para jogarmos tudo pro alto!
Hoje, ainda pode valer à pena...