O livro de Diderot Mavignier conta que os tremembés foram os primeiros habitantes da costa litorânea do Piauí, Ceará e Maranhão. Trata-se de um povo que merece o respeito que uma gente forte merece, uma gente que mesmo em desigual condições de confronto, teve a audácia de lutar pela liberdade e a coragem de perder.
Um fato importante da vida dos índios Tremenbés no litoral do Piauí é que eles não aceitaram assentamento por parte dos europeus, enquanto os Potiguares (região do Ceará) foram assentados pelos europeus e os Tupinambás (São Luís) permitiram a ocupação dos franceses e depois dos portugueses. Os Tremembés provaram ser um povo guerreiro e valente: somente após 200 anos é que tiveram seu território tomado pelos europeus.
Os Tremenbés cultivavam mandioca, milho, feijão, batata, jerimum; usavam arapucas, alçapões, zarabatanas, arcos e flechas para caçar; criavam papagaios, tingiam o corpo, faziam tatuagens, usavam colares de sementes e dentes de macacos, confeccionavam redes de palha, cestas de cipó; usavam flautas de bambu e ossos, maracá de cabaça, tambores de troncos de árvores, trombetas de búzios e ainda eram exímios nadadores, o que levou os colonizadores a apelidá-los de peixes racionais.
Um ritual de inversão bastante emblemático: quando não estavam em pé de guerra, eles recebiam os brancos aos prantos como uma irônica alegria.
DIDEROT MAVIGNIER
Um fato importante da vida dos índios Tremenbés no litoral do Piauí é que eles não aceitaram assentamento por parte dos europeus, enquanto os Potiguares (região do Ceará) foram assentados pelos europeus e os Tupinambás (São Luís) permitiram a ocupação dos franceses e depois dos portugueses. Os Tremembés provaram ser um povo guerreiro e valente: somente após 200 anos é que tiveram seu território tomado pelos europeus.
Os Tremenbés cultivavam mandioca, milho, feijão, batata, jerimum; usavam arapucas, alçapões, zarabatanas, arcos e flechas para caçar; criavam papagaios, tingiam o corpo, faziam tatuagens, usavam colares de sementes e dentes de macacos, confeccionavam redes de palha, cestas de cipó; usavam flautas de bambu e ossos, maracá de cabaça, tambores de troncos de árvores, trombetas de búzios e ainda eram exímios nadadores, o que levou os colonizadores a apelidá-los de peixes racionais.
Um ritual de inversão bastante emblemático: quando não estavam em pé de guerra, eles recebiam os brancos aos prantos como uma irônica alegria.
DIDEROT MAVIGNIER