Excomungamos a violência do homem sobre a mulher e as crianças, não raro encoberta pela inviolabilidade do lar e da família e que, aos milhões, esconde hematomas, cicatrizes e traumas sem remédio...
Excomungamos os que fazem de seus carros uma arma que fere, mutila e mata e que seguem impunes pelas ruas com suas máquinas velozes e letais...
Excomungamos todo tipo de exploração do trabalho humano, transformando mulheres e homens em peças descartáveis de uma engrenagem que se alimenta de carne humana...
Excomungamos todas as milícias paramilitares e a "banda podre" das polícias porque, a cada ano, ceifam a vida de milhares de jovens e adolescentes...
Excomungamos todo sistema prisional que, pela superlotação, pelos abusos e pela tortura, avilta a pessoa humana e faz da prisão uma verdadeira escola do crime...
Excomungamos todos os mega-projetos, agro e hidro negócios, que devastam a natureza, contaminam o ar e as águas e, no afã de acumular poder e riqueza, reduzem drasticamente a biodiversidade sobre o planeta Terra...
Excomungamos todas injustiças e assimetrias realizadas em nome da "democracia liberal", pois a história tem sido testemunha de que essas duas expressões são incompatíveis... "
(Pe. Alfredo J. Gonçalves )
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Vi esse artigo no site da Revista Forum, e não poderia deixar de publicar aqui no blog. A posição de Pe. Alfredo deveria ser seguida pelo menos pela maioria dos membros da Igreja, especialmente pelo papel social que, queira ou não, ela desenvolve na sociedade.
Apesar do grande número de evangélicos a cada ano aumentar no Brasil, a Igreja deve se conscientizar do papel social que possui no cotidiano da vida brasileira evitando um comportamento do Período Colonial, ou seja, o de manter e granjear almas.