Liberdade ou Esperança?

Mais vale ter liberdade ou esperança?

Gosto de fugir pra um lugar que nem ao menos tem nome,
mas que fica aqui, perdido entre essas quatro paredes.
Começo viajando, ora para um lugar além, ora para aquele passado que teima em sobreviver, faço isso pois sou livre! Tenho minha liberdade, minha imaginação.

Mas o que é ser livre?
Loucura e liberdade são faces da mesma moeda?

Liberdade é ter o que eu quero? Fazer o que desejo?
Hoje só a liberdade não basta, quero mais, muito além...
Liberdade é monotonia. Faz sentido ter o espírito livre?
Talvez sim, quando se sabe pra onde ir, pelo que lutar.
A liberdade sem sentido, em demasia, deixa um vão.
Prova disso ocorre quando abro os olhos pela manhã:
eu tenho a minha liberdade,
posso viver como eu quero!
Mas por que essa falta de algo??

Somos eternos escravos do trabalho? Do amor?
Vivemos a esperança de ter um emprego melhor? Ganhar dinheiro?
Ter um grande amor? Buscamos o modelo de vida perfeita?
A perfeição é cansativa. Mesmo assim, quero a minha perfeição.

Eu vivi dias maravilhosos. Eu queria ter parado o tempo ali.
Hoje, só existe o brilho. Eu teimo em querer. Desejo o desejo.
Quero tudo outra vez: estar sozinha, bem, sem imposições... viajando por aí descortinando vidas depois de um toque singular, numa frenética paz.

A indecisão é enlouquecedora, e esperar é um estado triste! Fechar-se e viver num mundo onde a esperança é quem dita as regras, não me apetece. A vontade flutua. Não consigo tomar as rédeas... talvez eu ainda seja imatura demais para assumir tal responsabilidade, ou indubitavelmente segura pra jogar tudo pro alto e mudar. A liberdade é minha defesa disfarçada.

Um comentário:

  1. tens a liberdade; basta-te o objetivo, o norte, e a esperança se encarregará de dar-te a foça para alcança-lo.

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“Existem nas recordações de todo homem coisas que ele só revela aos amigos. Há outras que não revela mesmo aos amigos, mas apenas a si próprio, e assim mesmo em segredo. Mas também há, finalmente, coisas que o homem tem medo de desvendar até a si próprio...” (Dostoiévski)