Com a mesma falta de vergonha na cara eu procurava alento no seu último vestígio, no território da sua presença, impregnando tudo que eu não posso, nem quero deixar que me abandone.
São novamente quatro horas, eu ouço lixo no futuro, no presente que tritura as sirênes que se atrasam pra salvar atropelados que morreram, que fugiam, que nasciam, que perderam, que viveram tão depressa... A vida é doce, depressa demais.
E de repente o telefone toca e é você do outro lado me ligando, devolvendo minha insônia minhas bobagens, pra me lembrar que eu fui a coisa mais brega que pousou na tua sopa. Me perdoa daquela expressão pré-fabricada de tédio, tão canastrona que nunca funcionou, nem funciona...
Me perdoa, a vida é doce.
[Lobão]
São novamente quatro horas, eu ouço lixo no futuro, no presente que tritura as sirênes que se atrasam pra salvar atropelados que morreram, que fugiam, que nasciam, que perderam, que viveram tão depressa... A vida é doce, depressa demais.
E de repente o telefone toca e é você do outro lado me ligando, devolvendo minha insônia minhas bobagens, pra me lembrar que eu fui a coisa mais brega que pousou na tua sopa. Me perdoa daquela expressão pré-fabricada de tédio, tão canastrona que nunca funcionou, nem funciona...
Me perdoa, a vida é doce.
[Lobão]
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“Existem nas recordações de todo homem coisas que ele só revela aos amigos. Há outras que não revela mesmo aos amigos, mas apenas a si próprio, e assim mesmo em segredo. Mas também há, finalmente, coisas que o homem tem medo de desvendar até a si próprio...” (Dostoiévski)