Doce demais...

Da janela do meu quarto vejo o dia amanhecer, talvez um cigarro sem gosto ou um amante sem forma fosse uma boa companhia. Mas o quarto esta vazio, sem palavras a ouvir... Só a voz de Tim Maia me falando verdades e essa melancolia medíocre...

E assim, sem sal, doce demais, essa madrugada acaba. Fica o ardor que queima minha garganta e a solidão de um mundo que não pertenço mais.

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“Existem nas recordações de todo homem coisas que ele só revela aos amigos. Há outras que não revela mesmo aos amigos, mas apenas a si próprio, e assim mesmo em segredo. Mas também há, finalmente, coisas que o homem tem medo de desvendar até a si próprio...” (Dostoiévski)