Eu.

Minha estadia esta quase no final, foram 17 dias em Parnaíba, cidade que eu amo. Não foram dias divertidos, foram dias de dor e decepção, mas estou sobrevivendo e já consigo até ouvir "O mundo anda tão complicado" da Legião Urbana, sem chorar.

Eu cheguei aqui em 17 de maio para me recuperar de uma cirurgia, a recuperação esta muito estressante, mas com a ajuda dos meus amigos e principalmente da minha família estou conseguindo superar. Em tempos de facebook e amizades virtuais, eu quero mais é contato físico. O problema de Teresina, cidade que me acolheu nos últimos 10 meses, é a falta de amigos, eu não consigo me acostumar com a cidade, quem sabe, com algum esforço, daqui há alguns meses ou anos eu pense diferente.

Tive uma decepção muito grande esses dias, dói até agora. Prefiro não pensar demais. Aquele lance de máscaras fez todo sentido pra mim. Fiquei magoada. O problema não me atinge diretamente, na realidade uma pessoa que eu amo vacilou feio e eu to sofrendo por ela. Eu a amo, um amor fraterno, e acredite, esse amor é maior que tudo, supera tudo e acredita, apesar dos fatos.

Eu sou toda emoção e me orgulho de seguir meu coração. Mesmo que eu me decepcione depois, eu tenho orgulho de seguir o que meu coração manda. Eu posso ser impulsiva, a vantagem é que raramente me arrependo do que faço, muitas vezes eu até rio... Por isso, nenhum pedido para que eu seja mais racional e fria vai ser acatado. Eu sinto muito.

Eu sinto muito pela FALTA do brilho no olhar, do riso, do choro de felicidade, do abraço, do "Eu te Amo" nunca pronunciado. Eu vou sempre ser essa Joyce bem aqui, vou pagar na mesma moeda, vou chorar quando tiver vontade seja de tristeza ou de alegria. Eu choro sim e não tenho vergonha disso. Eu não vou mudar minha essência por alguém que tem vergonha de ser sensível, de demonstrar sentimentos e ainda conta vantagem por ser assim.

Sei que isso não vai durar muito tempo, mais cedo ou mais tarde vai chegar a hora do recomeço.



Dias de maio


Chega uma hora em que você cai na real e começa a perceber coisas obvias. Eu, que sempre lutei pela minha independência, por aquilo que eu chamava de liberdade, tive a certeza de que ninguém é auto-suficiente. Toda pessoa passa por um momento na vida em que vai precisar de alguém, de ajuda. Além de tudo, ninguém é livre. Não temos liberdade. Principalmente em se tratando de relações afetivas. Quantas vezes por causa do amor que sentimos por alguém (pai, mãe, irmão, amigo ou parente), ou pelo simples fato de querer agradar, "dar orgulho"... Adiamos e muitas vezes matamos uma vontade, uma meta, um sonho? Quantas vezes a gente não pensa em ser diferente de tudo aquilo que a sociedade impõem? Festa de 15 anos, um bom emprego, casamento na igreja, filhos... Eu sempre me perguntei, pra quê???? E por um capricho do destino ou dos Deuses, passo por dias desleais, que fazem com que eu repense tudo que pra mim era padrão. A vantagem disso tudo é que eu pude reconhecer pessoas incríveis, algumas estou em dívida eterna, outras não vão passar de uma grande decepção.

Ouro de tolo

Ah! Eu devia estar sorrindo e orgulhoso por ter finalmente vencido na vida, mas eu acho isso uma grande piada e um tanto quanto perigosa... Eu devia estar contente por ter conseguido tudo o que eu quis, mas confesso abestalhado que eu estou decepcionado! Porque foi tão fácil conseguir e agora eu me pergunto "e daí?" Eu tenho uma porção de coisas grandes prá conquistar e eu não posso ficar aí parado...