Our World


"Se eu ainda soubesse como mudar o mundo, se eu ainda pudesse saber um pouco de tudo, eu voltaria atrás do tempo! Eu não te deixaria preso no passado e arrumaria um jeito pra você estar ao meu lado de novo... Eu voltaria no tempo!!! Pra voltar pra ontem, sem temer o futuro e olhar pra hoje cheia de orgulho! Eu voltaria atrás do tempo!!! E os nossos erros seriam apagados, nossos primeiros desejos ressuscitados e de novo eu voltaria no tempo! Eu não te deixaria desistir tão fácil e não te negaria nem um abraço de novo, eu voltaria no tempo! Pra voltar pra ontem, sem temer o futuro e olhar pra hoje cheia de orgulho! Eu voltaria atrás do tempo!!! E a gente fez nosso futuro quase quebrando o nosso mundo..."

Acrobata da Dor

Gargalha, ri, num riso de tormenta
como um palhaço que desengonçado,
nervoso, ri, num riso absurdo, inflado
de uma ironia e de uma dor violenta.

Da gargalhada atroz, sanguinolenta,
agita os guizos, e convulsionado
salta gavroche, salta clown, varado
pelo estertor dessa agonia lenta...

Pedem-se bis e um bis não se despreza!
Vamos! Retesa os músculos, retesa
nessas macabras piruetas de aço...

E embora caias sobre o chão, fremente,
afogado em teu sangue estuoso e quente,
ri! Coração, tristíssimo palhaço.

Cruz e Sousa

Torrada Queimada

Autor Desconhecido

Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar. E eu me lembro especialmente de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho, muito duro. Naquela noite, eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato das torradas estarem queimadas, mas tudo o que meu pai fez, foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia na escola. Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele passando manteiga na torrada com muito gosto e engolindo cada bocado.

Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada. E eu nunca esquecerei o que ele disse:  “Adorei a torrada queimada…”
Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada. Ele me envolveu em seus braços e me disse:
“Filho, sua mãe teve um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada… Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém. A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas. E eu também não sou o melhor marido, empregado, ou cozinheiro, talvez nem o melhor pai... O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros. Além do mais, uma torrada queimada não precisa ser um evento destruidor."
De fato, poderíamos estender esta lição para qualquer tipo de relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos, irmãos, colegas e com amigos.  Então, se esforce para ser sempre tolerante, principalmente com quem dedica o precioso tempo da vida a você e ao próximo.
As pessoas sempre se esquecerão do que você lhes fez, ou do que lhes disse.
Mas nunca esquecerão o modo pelo qual você as fez se sentir.