VOCÊ

Quer saber? Eu te dou a chave da porta da frente, mas não vem devagar, tão devagar ao ponto que me faça dormir. Toque os meus cabelos, me olhe à distância de um beijo e minta sobre minha nocauteante beleza. Estou lotada de trabalhos, fim de período, sabe como é... mas mesmo assim, meu pensamento dá um jeito de flutuar até você.
Quando eu te encontrar, conte-me algumas coisas que me façam rir, mas não conte piadas, talvez eu daria aquela risada sem graça só pra te agradar. Fico pensando nas nossas primeiras conversas, e quero reconhecer-me um porto. Gosto de te olhar, por isso não se assuste quando o teu olhar encontrar o meu. Gosto do teu jeito largado, do teu caminhado confiante, dos teus pêlos roçando meus lábios, dos teus cabelos entre meus dedos, braços, pernas e cheiro. Boca, beijo, peito, mãos, olhos e até a tua cara zangada.
Leia pra mim, eu gosto disso sabia? Gosto da tua voz, de atender tua ligação. De sair ao teu encontro, da tua voz baixinha e depois ficar rindo à toa, louca, boba, rouca. Ao invés dos teus segredos é bem melhor uma massagem. Então me espera, quando for o momento certo eu invado tua casa. Ou então me rapte!
Bebida, música, lascívia... eleja outras contravenções!!!
E se nada disso funcionar ... 

4 comentários:

  1. parece que seus posts são (alguns) bem pessoais, mas o clima e as imagens criadas são um estalo de inspiração...

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  2. me permiti "completar" seu texto. que lembra muito os meus. o sentimento e o ritmo falam mais alto do que as rimas e a metrica ^^

    ...se entregue ao primeiro devaneio pirado que vier, seja ele de humor, carinho, luxuria ou loucura; e faça das horas tão boas e maravilhosas a ponto de torná-las apenas meros segundos mesmo quando forem horas.

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  3. Todo esse seu jeito, essa sua forma de expressar sentimentos me contagia. Não apenas um parte de mim, mas o meu eu por inteiro.
    Adoro você!

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  4. HUMMM, QUEM SERA ESSE FELIZARDO.
    (LUIS ANTONIO)

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“Existem nas recordações de todo homem coisas que ele só revela aos amigos. Há outras que não revela mesmo aos amigos, mas apenas a si próprio, e assim mesmo em segredo. Mas também há, finalmente, coisas que o homem tem medo de desvendar até a si próprio...” (Dostoiévski)