Novembro

Esses dias que perfazem novembro são dias ímpares, talvez os melhores.
O meu novembro tem uma cara de outono, com direito a ventania, folhas secas voando pelas ruas, introspecção e dias nublados. Clima misterioso e acochegante para uma pobre alma sonhadora. Quando um perfume doce atravessa essas tardes, toda vez que sento na calçada e observo o fim do dia, os pássaros voando num céu quase cinza, não há presente mais bonito... e aquela brisa? Tão tímida e gelada! Quando passa, por aqui, abaixo da linha do equador, parece abraçar-me.
Novembro me traz boas lembranças, algumas bem recentes.
Hoje, ou melhor, agora, o máximo que posso fazer é deitar como de costume, olhar pela janela e lembrar de tudo, tudo aquilo que faz a maior diferença pra mim.

Nossas prioridades são efêmeras e mutáveis.
Hoje pensei em te ligar, inventar qualquer pretexto...
pensei em te procurar, fingir uma casualidade...
tentei até fazer versinhos!!! Mas sem sucesso, sou uma tragédia nas rimas...
Talvez um outro dia você me encontre aqui.
Talvez leia esse post e vai saber que
este foi mais um dia em que eu lembrei de você.

Um comentário:

  1. Viva. E isso já basta, pois isso é dificil pra caralho.

    "tudo é efêmero, tudo é sofrimento" (Jack Kerouac)

    ResponderExcluir

“Existem nas recordações de todo homem coisas que ele só revela aos amigos. Há outras que não revela mesmo aos amigos, mas apenas a si próprio, e assim mesmo em segredo. Mas também há, finalmente, coisas que o homem tem medo de desvendar até a si próprio...” (Dostoiévski)